2023-05-30 4 min leitura
Tipos de avaliação: formativa e somativa
Todo e qualquer processo de aprendizagem, carrega consigo a expectativa de alguma forma de avaliação. Na verdade, desde que nascemos somos imediatamente avaliados. Passamos por avaliações físicas, psicológicas e no contexto educacional as avaliações são medidas muitas vezes exigidas por agentes externos para determinar parâmetros comparativos até mesmo dentre as nações.
Sabemos que as avaliações carregam em si certos estigmas, e estudos a cerca das mesmas desenvolveram ou identificaram diferentes formas de avaliar. No contexto educacional, temos as avaliações somativas e formativas.
Você já ouviu falar? Saberia escolher? Que tipo de avaliação usar? Para ajudar vamos começar pelos conceitos referentes a cada forma de avaliação.
A avaliação formativa é usada para monitorar o aprendizado do aluno e fornecer informações durante o processo de avaliação que podem ser usados por instrutores e alunos para melhorar seu aprendizado e sua forma de ensinar.
A avaliação somativa, por sua vez, é usada para avaliar o aprendizado do aluno ao final do processo ou período e o resultado é comparado a algum padrão ou média a ser atingida.
Pela própria definição pode se ver que as estratégias de avaliação não tem o mesmo objetivo. Vamos nos atentar para as maiores diferenças entre elas:
1º) A primeira diferença se refere a quando a avaliação acontece. Na avaliação formativa, essa é uma atividade contínua. Ocorre durante toda a fase de aprendizado, não em um único momento e nem mesmo em momentos estanques.
Na avaliação somativa, essa não ocorre durante o processo, mas em momentos definidos, por etapas ou unidades.
2º) A segunda diferença é o tipo de informações obtidos sobre os aprendizados dos alunos. Pela avaliação formativa busca-se descobrir se os estudantes estão indo bem ou se necessitam de ajuda para monitorar o processo de aprendizagem.
Quando você usa a formação somativa, você atribui notas. As notas são usadas ´para constatar se o alunos atingiram os objetivos de aprendizagem ou não.
3º) A terceira diferença está nos objetivos das avaliações. Uma busca a melhoria do aprendizado do aluno (formativa) a outra “mede” o aprendizado, usando parâmetros padronizados.
4º) A quarta diferença está na quantidade de informações avaliadas, como a avaliação formativa é constante, avalia-se porções a cada vez, e de modos diferentes, pode-se ter para um mesmo conteúdo, diferentes avaliações, permitindo que se constate compreensão em vez de memória. Já na avaliação somativa, espera-se o fim do tópico ou do bimestre ou trimestre antes de avaliar. Isso faz com que o volume de informações sejam enormes.
Finalmente temos a questão de a avaliação ser um processo para a avaliação formativa e ser mais fácil direcionar o caminho a ser traçado pelo aluno para que ele obtenha melhores resultados. Na avaliação somativa, é muito mais difícil haver esse direcionamento, pois a avaliação é um produto.
É bem provável que a maioria dos alunos ao longo da trajetória escolar tenham se deparado com a avaliação somativa em maior quantidade do que a formativa. Uma das razões para isso é que a avaliação formativa, acaba demandando do professor mais tempo e com turmas muito grandes, ter muitas avaliações sobre cada tópico não é muito viável.
Fonte: BLOOM, Benjamin S.; HASTING, Thomas e MADAUS, George. Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Editora Pioneira, 1983.