2023-03-27 3 min leitura
Silábico ou Fonético: qual é a diferença destes métodos?
Um estudo da Universidade de Stanford aborda os efeitos do método de alfabetização silábico ou fonético na atividade cerebral das crianças e seus efeitos na leitura.
Recentemente a Política Nacional de Alfabetização apresentou como um de seus princípios a “ênfase no ensino dos seis componentes essenciais para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção escrita” (PNA/MEC, 2019).
Tradicionalmente no Brasil, o método silábico foi o mais usado, e a nova política, como mencionado acima apresenta os pilares mais próximos do método fonético. A discussão quanto a metodologia de ensino ideal ou melhor, existe desde que a educação surgiu.
Que tal darmos uma espiadela nos métodos?
Método silábico
Começamos pela junção de letras formando as sílabas o famoso bê-á-bá. Começa-se com as sílabas mais simples (ba- da- ga) e depois as mais complexas (bli-tri-nho-lho. As crianças começam a montar palavras com as famílias silábicas.
Uma crítica ao método é o fato de haver pouca contextualização e a criança se vê limitada a trabalhar com as famílias silábicas que conhecem e se sentem confortáveis. Acabam trabalhando com frases um tanto quanto artificiais do tipo: Ivo viu a Uva ou o bebê baba.
Método Fonético
O foco aqui é no som (ou fonema) e as suas relações com as letras e a escrita. As crianças aprendem os sons das vogais e consoantes mais simples. Brincadeiras, músicas e rimas são usados.
A de amor, B de baixinho, c de coração… (Abecedário da Xuxa - Spotify: http://smarturl.it/XuxaSpotify?IQid=X... )
Ta de tapete , Ta de tatu (crianças inteligentes – www.criancasinteligentes.com.br)
Uma das críticas a esse método é o fato do som ser abstrato e que também pode ser descontextualizado. Em comparação com o método silábico há uma gama de vocábulos que podem ser usados e trabalhados de modo que frases e textos mais ricos sejam trabalhados.
De acordo com Catherine Snow, de Harvard, devem ser criadas oportunidades para trabalhar em grupo e para encontrar respostas para as próprias dúvidas, para ela esse método ajuda na compreensão da representação de sons por letras.
Outra crítica é o fato de ter letras com mais de um som: para alguns especialistas isso não prejudica a criança, pois ela vai testando alternativas e no seu convívio com os textos escritos, vai internalizando a grafia correta das palavras.
Finalmente acreditamos que em vez de eleger um método em detrimento de outro, que o melhor de cada um seja aproveitado enriquecendo as brincadeiras e aprendizagem.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/08/16/metodos-de-alfabetizacao-entenda-a-diferenca-entre-o-fonico-o-global-e-os-demais.ghtml
https://www.nap.edu/catalog/6014/starting-out-right-a-guide-to-promoting-childrens-reading-success