Por definição, bullying é qualquer comportamento agressivo que envolve um desequilíbrio real ou percebido de poder. Esse comportamento é repetido ou possui potencial de ser repetido e tanto quem faz o bullying quanto quem recebe podem ter ou desenvolver problemas sérios.

Para ser considerado bullying as seguintes caraterísticas são levadas em consideração:

1. Desequilíbrio na relação de poder - a criança que faz bullying usa sua força física, psicológica (acesso a informação embaraçosa) para controlar ou prejudicar os outros.
   Nos filmes americanos, sempre existem os valentões que fazem bullying.
2. Repetição – esse comportamento tende a ocorrer mais de uma vez. O bullying pode ser uma ameaça, comentários maldosos, um ataque físico ou verbal e o isolamento de uma pessoa por um grupo de forma proposital.

O impacto do bullying para a criança

Por ser uma relação onde há desequilíbrio entre quem executa e quem recebe o bullying, este pode trazer impactos extremos para todos os envolvidos. Essa atitude afeta todas as áreas da vida da pessoa, em casa, na escola, no presente e no futuro.

Não é raro encontrar as seguintes situações ou sintomas dentre as vítimas desse comportamento:

Tipos de bullying

No Brasil, a Lei 13.185/15 trata da Intimidação Sistemática (bullying), define a Intimidação sistemática e apresenta os seguintes objetivos:
I - Prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a sociedade;
II - Capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;

No seu Art. 5º estabelece como dever do estabelecimento de ensino, clubes e agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying).

Para isso campanhas de educação, conscientização e informação devem ser implementadas e devem incluir toda a comunidade escolar. Assistência psicológica social e jurídica deve ser oferecida às vítimas e agressores.

Medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de bullying, ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e da comunidade escolar devem ser implementadas.

O assunto deve ser discutido em casa e na escola, de maneira simples, em diálogo franco e aberto. O respeito ao próximo em todas as suas complexidades devem ser trabalhados. Mais do que uma punição aos agressores, mecanismos e instrumentos alternativos de responsabilização e a mudança de comportamento deve ser o objetivo da correção.

Com as crianças, várias são as estórias que podem ser usadas para lidar com o tema: dos clássicos, pode-se usar O Patinho Feio, para ilustrar e a partir daí desenvolver toda uma discussão acerca do assunto. Em relação aos filmes infantis, exclusão social e suas consequências podem ser discutidas a partir de Frozen. O desenho Nemo ilustra o isolamento social e bullying dos outros peixes em relação ao peixinho com um defeito na barbatana e para lidar com as mais variadas diferenças sociais pode-se usar A Procura de Dory, que possui uma doença mental. Mas outros personagens também podem ser explorados, como o tubarão vegetariano.

Vale lembrar que todos saem perdendo quando o bullying ocorre, assim buscar meios de evitar que isso aconteça é a melhor saída. Mesmo que não haja casos na sua escola, trabalhe o tema.

Fonte:
Brasil (2015). Lei 13.185 de 6 de novembro de 2015. Institui o programa de combate à intimidação sistêmica (Bullying). Diário Oficial da União (152/213)
American Society for Positive Care of Children (SPCC) – What is bullying?
https://americanspcc.org/bullying/